Moda sustentável e consumo consciente: suas escolhas podem impactar o planeta (para o bem!)

Moda sustentável e consumo consciente: suas escolhas podem impactar o planeta (para o bem!)
Publicado em: No Closet

Maria Mendes, da Horto, traz muitas informações que podem ajudar você a repensar seu consumo, seja com foco em moda sustentável ou consumo em geral

Vamos fazer um exercício interessante juntos? Pare o que está fazendo e olhe para o seu guarda-roupas. Em relação a tudo o que existe dentro dele, você sabe a procedência?

Entende se as peças são feitas de tecidos sustentáveis, sabe se são lojas que têm bons fornecedores e colaboram com o meio ambiente? Se você respondeu sim e ainda faz questão de entender a procedência das peças antes da compra: sim, você leva a moda sustentável a sério.

Caso tenha respondido não, tudo bem. Sempre é tempo de aprender. Para quem não conhece a moda sustentável, trazemos este conteúdo que conta com uma entrevista com a estilista Maria Mendes, nome por trás da Horto, que tem a sustentabilidade em seu DNA.

O conceito de moda sustentável

Moda sustentável é um conceito de produção de peças que leva em conta os materiais, a produção de resíduos e a comunidade em que se insere. Assim, minimiza os impactos ambientais gerados no processo de desenvolvimento de cada um dos itens.

É um tipo de produção que existe em reflexo do nosso tempo, caracterizado pelo aquecimento global, excesso de lixo, crise da preservação, entre outros. “A moda é transgressora. Um dos papéis que ela exerce é refletir a cultura do seu tempo. Consequentemente, a moda também questiona a norma, a estética e os valores da sociedade e contribui para o progresso de diversas formas”, explica Maria Mendes. 

Pense só: durante a história, vemos vários exemplos de estilos e peças que se tornaram populares. “Por conta de guerras, passamos a ver jaquetas militares. Por contribuições científicas como a introdução do cloro na limpeza da água, criando piscinas públicas, o maiô revolucionou os hábitos de mulheres”, relembra a estilista.

Assim, a Horto, junto de várias outras marcas, busca produzir suas peças gerando o menor impacto possível no meio ambiente. Fazer moda sustentável envolve pensar na escolha da matéria-prima e seu processo de fabricação.

Maria conta um pouco de como faz: “escolho sempre empresas que têm a sustentabilidade no seu DNA, produzem tecidos de fibras naturais com baixo consumo de água, fazem tratamento de água, usam energia renovável, entre outros”.

A estilista também pontua sobre um dos maiores problemas da produção têxtil no mundo: “as fábricas que usam químicos (muitas vezes cancerígenos) na produção de tecido e descartam nos rios do mundo inteiro, o que destrói toda uma cadeia alimentar”.

A relação entre moda sustentável e consumo consciente

Se você já considera marcas que trabalham com sustentabilidade, ótimo — esse é um começo e tanto, podendo até melhorar sua autoestima (afinal, você está usando algo que traz benefícios ao planeta). Porém, Maria traz outra dica.

Maria aponta que “o upcycling ou secondhand é outro fator de extrema relevância”. Ele faz um reaproveitamento de roupas que já estão prontas e passaram por toda a cadeia produtiva. Assim, você reduz a necessidade de produzir a matéria-prima desde o início.

Além disso, vale evitar compras em fast fashion, que usam materiais de procedência duvidosa e baixa qualidade. Afinal, essas peças duram pouco e geram ainda mais lixo.

Mais um ponto para ficar alerta é o fato de que “muitas marcas descartam as suas peças de coleções antigas gerando montanhas de lixo em aterros sanitários em países da África, do Sudeste Asiático e até no Chile — mais de 80% desse descarte são de peças feitas em poliéster e que nunca vão desaparecer”, revela a estilista e empresária.

O impacto do consumo desenfreado de roupas e acessórios

“Atualmente, somos a segunda indústria que mais polui o planeta. Não mudar o comportamento de cultura baseada no consumo é um erro. O impacto no planeta é direto, pois produzimos matéria-prima demais, fazemos grades e estoques enormes, e não conseguimos dar conta de vender a quantidade produzida”, explica Maria Mendes. 

Mas existe esperança. “A vantagem da moda é que ela contagia rápido. Particularmente, eu acredito que a tendência é que as marcas novas vão ser mais educadas nos aspectos de sustentabilidade, tendo essa característica no DNA. Porém, acho que o consumo de forma consciente e a procura por produtos sustentáveis ainda é pequena. De modo geral, o consumidor olha mais o preço do que o valor agregado ao produto”, complementa Maria Mendes.      

A prática de um consumo mais consciente

Além de optar por marcas que prezam por moda sustentável, como é o caso da Horto e suas peças feitas com fibras naturais certificadas, com uso de energia renovável e tratamento de água, você pode:

  • repensar o consumismo em excesso;
  • optar pela moda genderless, compartilhando peças com o parceiro ou parceira;
  • fazer doações do que não usa há algum tempo.

Além da moda, Maria traz dicas simples para um consumo sustentável, “como usar cotonetes com hastes de papel e apoiar empresas que estão buscando o caminho da sustentabilidade”.

O papel da Phebo no consumo consciente e sustentável

A Phebo tem todo um ecossistema de responsabilidade ambiental, como o complexo industrial de Japeri, onde cada item é produzido, de sabonetes a perfumes. O local tem cobertura verde de 80%, além de termos recuperado o lago quase seco da fábrica, fazendo a manutenção periódica. Hoje, ele já conta com a presença de diversos peixes.

Fora isso, usamos energia renovável, tratamos a água usada na produção antes de devolver ao meio ambiente, não fazemos testes em animais e temos inúmeras parcerias, inclusive com o Instituto Arara Azul. Outro ponto que você pode gostar de saber: nossas fragrâncias são unissex. Assim, homens e mulheres da mesma casa podem compartilhar o mesmo perfume.

Pensando ainda em moda sustentável e consumo consciente, Maria nos dá uma dica para levarmos às próximas gerações: educação. “Infelizmente as pessoas se educam por meio do consumo, comprando peças baratas para usar e testar rápido. Aí, quando vimos, compramos em excesso e jogamos fora”.

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Perfumaria Phebo
Perfumaria Phebo

Em 1930, os primos portugueses Antonio e Mario Santiago fundaram em Belém - no coração da Amazônia - a Phebo, uma perfumaria de altíssima qualidade e com fragrâncias marcantes e originais. O nome Phebo, o deus grego do Sol, foi escolhido para simbolizar o nascimento de uma nova Era da perfumaria brasileira. Com mais de 90 anos de história, a Phebo mantém a sua tradição de inovar com fragrâncias únicas e sofisticadas.

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