Por que devo apostar em perfumes compartilháveis?

Por que devo apostar em perfumes compartilháveis?
Publicado em: Biblioteca Olfativa

Conheça o charme dos perfumes compartilháveis e aumente sua autenticidade na hora de se expressar!

Perfume de homem e perfume de mulher. Será que isso existe mesmo? A tendência é que essa separação perca a força. E é por esse motivo que um item vem ganhando o coração (e a pele) dos brasileiros: os perfumes compartilháveis!

Já não era sem tempo! Afinal, com a discussão de gênero em alta e o aumento da busca pela diversidade e inclusão, os efeitos positivos disso tudo têm, aos poucos, dado as caras.   

Uma das intenções dessas ações é conquistar a liberdade de sermos aquilo que temos vontade. Assim, até os perfumes têm reinventado sua apresentação. Com isso, ganhamos mais autenticidade para nos expressar e muito mais perfumes para escolher.

Tem curiosidade sobre o assunto? Ótimo! Conversamos com Helen Augusto, especialista em fragrâncias e autora de artigos para o Fragrantica (você também pode conhecer mais sobre o trabalho dela pelo canal do YouTube e no perfil do Instagram). Aqui, ela nos conta como nasceram os perfumes compartilháveis, fala sobre famílias olfativas e também nos revela suas fragrâncias preferidas. Olha só!

Perfume masculino e feminino: sempre houve essa divisão?

O movimento atual é o de diminuir qualquer distinção relacionada a gêneros. Contudo, você deve imaginar: nem sempre as coisas foram assim. Então, quando começaram?

“Tem um pouco de história aí, sabe? Um fato curioso é que, bem lá no início, os perfumes não foram lançados como feminino e masculino. Essa divisão começou na década de 40. Depois, intensificou-se nos anos 60, época em que o marketing nos Estados Unidos era forte. Nesse momento, lançar algo como feminino e masculino era uma oportunidade de crescer no mercado”, conta Helen.

Porém, essa história é ainda mais longa e não se resume apenas à jogada de marketing. A especialista em fragrâncias conta que os efeitos da 2ª Guerra Mundial também contribuíram para essa segmentação: “quando analisamos um perfume da década de 40, notamos que ele é mais opulento, os ingredientes eram bastante naturais. Nos anos 60, o mercado ainda sentia os impactos do fim da guerra e começou a investir em ingredientes sintéticos — que eram mais em conta e possibilitavam a produção em grande escala”.

Daí, você já imagina o desfecho, não é? Boas propagandas, preços aceitáveis e grandes vendas. Mas Helen conta que, enquanto essa divisão entre masculino e feminino se tornava forte, também existiam outros grupos. “Nos anos 70 e 80, a mulher que trabalhava fora se vestia com ternos e ombreiras, em uma tentativa de marcar mais presença. Porém, foi só nos anos 90 que a questão da igualdade passou a ser mais intensa. Foi aí que chegamos aos perfumes compartilháveis”, conta.

Perfumes compartilháveis: é possível identificá-los pela família olfativa?

Essa dúvida é bem comum: como saber qual tipo de cheiro se encaixa nos chamados perfumes compartilháveis? 

Helen dá a resposta: “Todos os perfumes podem ser considerados unissex: florais, chipres, orientais, amadeirados, não importa, pois, não existem imposições. Perfume compartilhável é aquele compartilhado por homens e mulheres, e pronto!”. Resumindo: qualquer família olfativa pode ser compartilhada!

“Recebo muitas dúvidas em relação ao uso de perfume. Há homens, por exemplo, que gostam de uma fragrância com peônia, mas se preocupam quanto à questão de parecer feminino. Também, há o contrário: ingredientes tidos como masculinos que fazem com que as mulheres se identifiquem. Esse tipo de situação tem aumentado e, infelizmente, ainda há muitas empresas que segregam a fragrância.”

Se essa separação não existisse, será que as pessoas se sentiriam mais seguras para testar o perfume que mais agrada? Tudo indica que sim!

Apostar nos compartilháveis: por que vale a pena?

Helen considera que a graça dos perfumes compartilháveis é justamente o fato de não ditarem normas. “Uma nova peônia, um novo jasmim, uma nova lavanda: qualquer pessoa pode usar, essa é a beleza. Quando você explora o ingrediente, não o comportamento humano, fica mais fácil entender. E percebo isso cada vez mais evidente na Phebo”.

“A aceitação pelos perfumes compartilháveis tem crescido e há um motivo para isso: os ingredientes da perfumaria não têm gênero. Esse é o grande foco da resposta. Quem cria o gênero são as pessoas, não os ingredientes”, finaliza.

Perfumes compartilháveis da Phebo: quais são as opções?

Depois de entender toda essa questão, não podem restar dúvidas: todas as fragrâncias da Phebo, de todas as linhas, são compartilháveis! Helen é bem fã de muitos deles, então pedimos algumas indicações.

Porém, como toda libriana, veio a indecisão e a listinha foi longa. "Librianos gostam de beleza e coisas boas, bonitas. Quando tem muita opção boa, fico indecisa", brinca. Mesmo assim, ela nos conta seus preferidos — pelo menos por agora!

Rosmarino

A Água de Rosmarino é um cítrico aromático, que faz parte da linha Águas de Phebo. Cheio de personalidade, tem cardamomo e pimenta-preta nas notas de coração. O significado do seu nome é "orvalho do mar". Imaginou o frescor?

Limão Siciliano

O Limão Siciliano, da linha Origens, é um cítrico, que tem jasmim e rosa como notas de coração. Cedro, musk e benjoim vão para as notas de fundo. O resultado é uma colônia encorpada e intensa. "Está para existir uma fragrância que representa o limão tão bem quanto essa", comenta Helen.

Mandarina Asiática

O Mandarina Asiática, também da linha Origens, tem o frescor do cítrico que se mistura à toques frutais. Em suas notas de fundo, é possível sentir mate, musk e âmbar. Quer uma curiosidade? O óleo da mandarina é muito usado para inspirar a criatividade.

Peônia

A Água de Peônia, das Águas de Phebo, é um floral amadeirado. Entre as notas de topo, você sente a noz-moscada. A peônia junto da rosa e da mandarina ficam nas notas de corpo.

Isolda Cajueiro

O Cajueiro é um floral cítrico frutado e foi desenvolvido em parceria com a marca Isolda. O toque de caju é sentido nas notas de topo. A cumarina e o âmbar estão nas de fundo, o que deixa a fragrância bem especial. Combina muito com dias ensolarados!

Flor de Cajueiro

O sucesso da parceria com a Isolda foi tão grande, que veio ao mundo o seu par: o Flor de Cajueiro. Um floral cítrico amadeirado, delicioso para uma noite ao luar. O caju fica nas notas de corpo, junto de frésia e muguet. 

Bronze

O Bronze, da Biblioteca Olfativa, é um musk ambarado que nos transporta às noites festivas e luxuosas da década de 30. Em notas de topo, há presença de bergamota e rum. Nas de coração, sândalo e guáiaco. Baunilha e musk compõem as de fundo. Muito sofisticado e confortável!

Fava Tonka

Pertencente à família oriental verde, o Fava Tonka é cheio de personalidade e vem da semente da árvore Cumaru, na Amazônia. Como notas de topo, sentimos lima e cassis. Um cítrico que fica muito confortável com o tempo.

Santalum

O Santalum é um amadeirado que mistura folhas verdes e cardamomo. Nas notas de fundo, sentimos sândalo, olíbano e vetiver. Ideal para quem é realmente fã dos amadeirados.

Lavanda Folha

O Lavanda Folha pertence à família dos aromáticos. Aqui, a Phebo explora a planta em suas diferentes facetas: desde o caule às flores e folhas. Entre as notas de topo, você sente a pimenta rosa. A lavanda vai para a nota de corpo.

Tomilho Silvestre

O Tomilho Silvestre é um floral aromático. Cheio de sofisticação, mistura bergamota, sálvia, flor de tomilho, folha de violeta, jasmim e âmbar.

Os perfumes compartilháveis permitem muitas possibilidades. E quem decide essa viagem sensorial é só você. Afinal, o que vale é usar aquilo que faz bem, e ninguém melhor que a própria pessoa para identificar isso!

Agora que você tem ótimos motivos para usar o perfume que quiser, aproveita e vem conhecer um pouco mais sobre o conceito genderless!

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Perfumaria Phebo
Perfumaria Phebo

Em 1930, os primos portugueses Antonio e Mario Santiago fundaram em Belém - no coração da Amazônia - a Phebo, uma perfumaria de altíssima qualidade e com fragrâncias marcantes e originais. O nome Phebo, o deus grego do Sol, foi escolhido para simbolizar o nascimento de uma nova Era da perfumaria brasileira. Com mais de 90 anos de história, a Phebo mantém a sua tradição de inovar com fragrâncias únicas e sofisticadas.

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